Capital Financeiro
O dinheiro como fonte de desenvolvimento.
‘Estamos CA por um bem maior’ é o mote da nossa campanha institucional. Saiba como apoiamos, desde sempre, as comunidades locais.
Origem do Capital Financeiro
Saiba de onde vem o capital financeiro que utilizamos para financiar a economia portuguesa
Somos o Grupo Crédito Agrícola (GCA), um Grupo Financeiro Cooperativo centenário, de âmbito nacional, em que as 68 Instituições de Crédito que o compõem são Cooperativas.
Somos constituídos pela Caixa Central - Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo CRL (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, suas Associadas, bem como pelas empresas de serviços auxiliares participadas, directa ou indirectamente, pela Caixa Central (Empresas Participadas).
Enquanto Cooperativa temos Associadas/os - pessoas singulares ou colectivas que, preenchendo determinados requisitos podem ser aceites como Cooperadoras/es da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo - o que lhes dá o direito de:
- participar nas suas Assembleias Gerais;
- eleger e ser eleito para os seus Órgãos Sociais;
- discutir e aprovar o Plano de Actividades Anual, o seu Orçamento, e as suas contas.
Com a subscrição integral de uma única vez no mínimo de 100 títulos de capital social (500,00 €), cada pessoa interessada e aprovada pela Caixa Associada de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) torna-se Associada do Crédito Agrícola.
À data de Dezembro de 2023, contávamos com:
- 408 mil pessoas associadas
- que representavam 2.438 M€ de capital
- dos quais 330 M€ foram realizados nesse ano.
Mulheres e homens que se associam e envolvem no cooperativismo, investindo, com o intuito de ver as suas comunidades rurais ou urbanas prosperarem, mas, também, outras pessoas dessas comunidades que, sentindo confiança na solidez e a proximidade do Crédito Agrícola, optam por aqui fazer os seus aforros (depósitos).
Indirectamente, isso permite que esses recursos sejam canalizados para o financiamento de projectos pessoais e profissionais de pessoas e empresas das suas regiões, promovendo o desenvolvimento local.
Em Dezembro de 2023, estavam registados:
- 20 mil M€ em depósitos de clientes
- provenientes de todas as regiões portuguesas.
A solidez e prudência da gestão do Crédito Agrícola, consciente da importância e do impacto sistémico no sector bancário e na economia portuguesa, também tem a sua preponderância na capitalização da Instituição, ao serem retidos grande parte do lucro gerado com a performance das nossas pessoas e da nossa relação comercial com famílias, pessoas e empresas.
A título de exemplo, em 2023 procedeu-se a:
- 99% dos lucros retidos
- num total de 294 M€ de lucros gerados.
A somar a estas fontes de recursos financeiros, recorremos, até à data, a duas emissões obrigacionistas Crédito Agrícola, uma em Novembro de 2021 e outra em Julho de 2023.
A nossa entrada como actor do mercado obrigacionista teve como premissa a recolha de fundos para financiar ou refinanciar operações de crédito e de investimento cuja finalidade estivesse alinhada com objectivos sociais: combate às desigualdades sociais e redução de pobreza.
Como tal, no âmbito das emissões de obrigação social referidas conseguimos captar: 550 M€.
Caso pretenda ver estes dados com mais detalhe, por favor, consulte Obrigações Sustentáveis.
Desenvolvimento e progresso das comunidades locais
Contribuímos para o desenvolvimento e o progresso das comunidades locais e do país. Conheça o destino dos recursos financeiros.
Como banco cooperativo actuamos na premissa de que os recursos financeiros que nos são confiados por pessoas que nos são próximas, directamente ou resultante da remuneração dos serviços que lhes prestamos com qualidade e dedicação, e que nos são confiados por investidores institucionais, são sempre reinvestidos ou distribuídos nas regiões onde actuamos, ajudando a financiar a criação de riqueza e emprego, nomeadamente a fomentada pelos pequenos negócios, que são representativos da esmagadora maioria do tecido empresarial português.
O histórico mostra-nos que revelamos uma especial vocação para o financiamento de projectos empresariais, tendo em carteira, em Dezembro de 2023:
- 7.868 M€ em crédito a empresas e
- 4.268 M€ em crédito a particulares, dos quais
- 3.389 M€ em crédito à habitação.
É de notar que a maioria do financiamento concedido a empresas (58% do total) destina-se a Empresárias/os em nome individual e a Micro e Pequenas empresas.
Um tipo de negócios que nasce da aspiração, sonhos de empresárias e empresários e da necessidade de criação do próprio posto de trabalho, e que representam a esmagadora fatia do tecido empresarial português, sendo mesmo responsáveis por muitos dos postos de trabalho existentes em Portugal.
Também a distribuição geográfica do financiamento concedido reflecte o nosso papel social, com o Crédito Agrícola a contribuir para o equilíbrio territorial. É que, enquanto uma boa parte do crédito é concedido na área metropolitana de Lisboa (37% do total de crédito nacional), no CA apenas aproximadamente 12% é concedido na referida região.
Esta vocação para o financiamento representativo do tecido empresarial português e de promoção da coesão territorial reflecte-se, igualmente, nos sectores de actividade económica mais apoiados pelo nosso crédito:
CRÉDITO A EMPRESAS POR CAE | Em milhões de euros, excepto % | ||||
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Atividade Económica |
Total Crédito CA |
Var. Homóloga |
Peso % CA |
Total Crédito Mercado |
Peso % Mercado |
Actividades Imobiliárias | 1.079 | 8,4% | 13,7% | 9.168 | 11,4% |
Comércio | 996 | -0,5% | 12,7% | 13.668 | 17,0% |
Agricultura e Pescas | 991 | 0,8% | 12,6% | 3.108 | 3,9% |
Indústrias Transformadoras | 865 | 5,3% | 11,0% | 13.830 | 17,2% |
dos quais: Agroindústria | 361 | 7,1% | 4,6% | n.d. | n.d. |
Administração Pública | 641 | -1,0% | 8,1% | 7.264 | 9,0% |
Alojamento e Restauração | 631 | -3,2% | 8,0% | 6.611 | 8,2% |
Construção | 518 | 12,0% | 6,6% | 6.271 | 7,8% |
Saúde e Apoio Social | 348 | -3,0% | 4,4% | n.d. | n.d. |
Transporte e Armazenagem | 162 | 16,9% | 2,1% | 4.964 | 6,2% |
Agua e Saneamento | 126 | 8,6% | 1,6% | n.d. | n.d. |
Energia | 98 | 110,0% | 1,2% | 3.907 | 4,9% |
Indústrias Extractivas | 23 | 4,1% | 0,3% | 254 | 0,3% |
Outros | 2.030 | 0,4% | 25,8% | 18.738 | 23,3% |
Total excluindo Adm. Pública | 7.227 | 3,7% | - | 73.254 | - |
Total | 7.868 | 3,3% | 100,0% | 80.518 | 100,0% |
Total excluindo Adm. Pública | 7.227 | 3,7% | - | 73.254 | - |
Sectores relacionados com o Turismo (Comércio, Alojamento e Restauração), com o Imobiliário e a Construção, com a Agricultura e Agro-indústria e com funções sociais (Administração Pública, Saúde e Apoio Social) recebem uma parte significativa do financiamento do Crédito Agrícola (70,7% do Crédito a empresas).
Adicionalmente, através da aquisição de dívida pública portuguesa, também, contribuímos para o financiamento da Administração Pública, nomeadamente Serviços públicos e infraestruturas.
- No final de 2023 a dívida pública portuguesa
- em carteira somava: 2,1 mil M€
De facto, os recursos financeiros que não são reorientados directamente para actividade de crédito, e que são utilizados na gestão de carteira de investimentos, têm-se destinado à aquisição de dívida pública de países europeus.
Esta escolha por economias europeias, além de conjugar a rentabilidade com uma gestão prudente de risco, está em linha com critérios climáticos e sociais, ao serem seleccionados países com democracias consolidadas, estados sociais solidificados e compromissos fortes no combate às alterações climáticas.