1 de Abril 2018
O melhor do mundo tem o seu segredo…
Há trinta anos, a Lugrade* nasceu do casamento dos apelidos Lucas e Grade. Um casal de Coimbra que, depois de vários anos no Alentejo, com negócios bem-sucedidos na distribuição e exportação de azeite, mas também na importação do ‘fiel amigo’, decidiu voltar às origens. No regresso à Cidade dos Estudantes, a distribuição de bacalhau salgado seco concentrou o investimento na nova empresa, criada em 1987. Trinta anos depois, as competências da Lugrade diversificam-se na sequência de importantes investimentos que hoje posicionam a empresa no topo da actividade de salga e secagem, demolha e ultracongelação de bacalhau. Entretanto, a segunda geração de gestores é representada pelos filhos do fundador, Joselito Lucas e Vítor Lucas, que repartem a administração executiva, cabendo a sua mãe as funções de CEO. Na melhor tradição familiar, os herdeiros de Alfredo Lucas continuam a fazer da relação franca e cúmplice com todos os que intervêm na esfera de actuação da empresa, a começar pelos seus Colaboradores, a pedra de toque para o sucesso da Lugrade.
A cada dez anos, a empresa assinala um registo marcante, sendo de destacar em 1997 o arranque da primeira unidade de transformação no Parque Industrial de Taveiro, que viria a ser ampliada em 2007. Depois, tendo por localização Torre de Vilela, surge em 2017 uma segunda unidade vocacionada para a produção de bacalhau demolhado ultracongelado. Actualmente, tudo o que releva, tudo o que distingue, tudo o que faz a história desta marca portuguesa especialista na produção de bacalhau está no site www. lugrade.com, nos seus catálogos e em vá- rias peças jornalísticas que se reportam à empresa com o devido reconhecimento. Ou não estivéssemos perante uma autêntica jóia da coroa do ‘Made in Portugal’, cuja carteira de clientes directos dá primazia à restauração e ao comércio tradicional de Coimbra e que se projecta para lá da cidade num raio de 130 km. Noutras latitudes, abrangendo praticamente todo o país, a Lugrade conta com uma rede de distribuidores bem identificada com o posicionamento e os valores distintivos da marca. Já no contexto da grande distribuição, a cultura da empresa não se revê propriamente na lógica negocial existente, abrindo apenas uma excepção: o El Corte Inglês. “Neste caso, falamos a mesma linguagem, sem pressões nem políticas de negociação agressivas, porque o que nos une é apenas e só o fornecimento de um produto de superior qualidade”, sublinha Joselito Lucas. E para além das nossas fronteiras, a Europa é um mercado para continuar a afirmar a excelência da marca, designadamente no Reino Unido, França, Alemanha, Suíça e Luxemburgo – e o mesmo é válido para os Estados Unidos. “O nosso propósito está em abrir outras frentes de comercialização que não se confinem ao mercado da saudade e às comunidades lusófonas, criando para isso outras referências para diferentes perfis de consumidores norte-americanos”, revela o administrador da Lugrade.
Por falar em portefólio, as referências superam já as 2.300, numa geografia de qualidade que liga a empresa ao bacalhau da Islândia, Rússia, Noruega, Canadá, Ilhas Faroé e Gronelândia. “A qualidade é um valor intocável em todo o processo produtivo, e um compromisso de todos quantos constroem o sucesso da Lugrade, nas suas diferentes competências, desde a captura até à sua distribuição”, assinala o administrador Vítor Lucas. E quem diz captura e distribuição… diz confecção. É que associado à marca Lugrade está o chef Diogo Rocha, do conceituado restaurante Mesa de Lemos, em Viseu, que se tem notabilizado também enquanto ‘Embaixador do Bacalhau da Islândia’. E ainda que o demolhado seja uma variedade cada vez mais requisitada pelo consumidor, a dimensão gourmet dos verdadeiros apreciadores continua a eleger o bacalhau salgado seco. “É uma marca da nossa melhor tradição, uma outra bandeira que nos eleva ao patamar da mais requintada mesa do mundo. O nosso Lugrade Vintage, recentemente lançado no mercado, é um salgado seco [origem: Islândia] com 20 meses de cura, que não tem, nem de perto nem de longe, qualquer comparação com outro produto da concorrência. É feito com saber, tempo e, essencialmente, muito carinho – e o resultado está à vista: o melhor bacalhau do mundo”, defende Vítor Lucas, assertivo e sorridente. Entretanto, tradição e inovação continuam a temperar esta marca cada vez mais relevante, que acaba de lançar O FIEL. Um aparelho muito útil e acessível (PVP 15 euros), que funciona como auxiliar de demolha do bacalhau. O FIEL diz-nos tudo o que precisamos saber: avisa para mudarmos a água e quando o bacalhau está pronto para cozinhar. Por estas e por outras, a Lugrade é “um caso de estudo”. Quem o diz é o jornalista e gastrónomo Edgardo Pacheco. E nós subscrevemos, com todo o gosto. O gosto insuperável daquele que é, provavelmente, o melhor bacalhau do mundo. Lugrade, pois claro.