1 de Dezembro 2017
Portugal no topo do mundo
…ou, simplesmente, Olivomundo. É muito provável que um dos maiores e mais sofisticados lagares de azeite do universo esteja aqui mesmo, no Alentejo, a escassos cinco quilómetros de Beja. Não por acaso, algumas das marcas de azeite mais relevantes nos mercados internacionais são Clientes da Casa.
O Grupo Olivomundo* já factura acima dos 45 milhões de euros por ano. “Está a crescer cerca de 15% ao ano e a tendência é para que esse crescimento siga em curva ascendente, desde logo porque algumas das suas herdades [12 no total, envolvendo quatro mil hectares] ainda não estão a produzir, dado que vários olivais só muito recentemente foram instalados”. A revelação é de José Manuel Gonçalves, presidente do Conselho de Administração. Aqui, produz-se azeite de grande qualidade para ser comercializado a granel, tendo por destino embaladores portugueses que abastecem o mercado interno e operam nos mercados internacionais, mas os parceiros de negócio chegam também directamente de Itá- lia e Espanha, com o propósito de aqui suprirem parte das suas necessidades de produção e assim satisfazerem as encomendas que têm, sobretudo, origem na Alemanha e nos Estados Unidos.
Resulta daí que, actualmente, cerca de 10% da produção da Olivomundo serve o mercado nacional, sendo o remanascente canalizado para o exterior, ao serviço de marcas de azeite da maior notoriedade à escala universal, algumas das quais com mais de um século de presença em muitos países. É razão para dizer que, além de todas as certificações de referência nacionais e internacionais que atestam a actividade da Olivomundo, a satisfação dos mais altos padrões de produção definidos por essas marcas é como que a ‘certificação’ final de um produto de excelência. “Os nossos parceiros iniciam o seu trabalho aqui, à saída do lagar, exactamente quando nós terminamos o nosso”. A explicação dada por José Manuel Gonçalves vem assim clarificar o papel que cabe aos dois intervenientes-chave nesta actividade. “O nosso projecto é muito simples. Assenta no investimento nos melhores olivais e, a partir daí, na garantia da melhor matéria-prima ao serviço daquele que, acreditamos, será um dos maiores e tecnologicamente mais avançados lagares do mundo”.
Tudo começou em 2004, com um primeiro olival de 110 hectares na Herdade dos Falcões, seguindo-se várias aquisições de outras propriedades contíguas, em 2008 e 2010, chegando-se assim aos actuais quatro mil hectares. Entretanto, em 2012 foi construído o lagar para transformação da azeitona dos olivais próprios e prestação de serviços a outros olivicultores da região. No primeiro ano foram transformadas sete mil toneladas de azeitona, no terceiro ano passou já para 30 mil, este ano serão 40 mil e, para 2018, o objectivo aponta para as 60 mil toneladas. E a partir desse registo, a estratégia é consolidar. Neste crescimento notável, seguido de perto e apoiado pelo Crédito Agrícola, cuja relação com o Cliente sempre se afirmou pela transparência, valor a que José Manuel Gonçalves atribui a maior importância “em todos os momentos da nossa vida profissional e pessoal”, a Olivomundo é hoje um grupo empresarial sólido e relevante, agregando um conjunto de empresas que, dos olivais ao lagar, somam diferentes competências no compromisso comum de contribuir para o sucesso do produto final. “Temos tudo para conseguirmos ser dos melhores do mundo a produzir azeite. É para isso que investimos, é para isso que trabalhamos todos os dias, noite e dia, porque a nossa laboração é contínua”.
Ao avistarmos numa panorâmica de 360 graus, a partir do lagar, todos estes campos a perder de vista, imensa tela verde de olival, metade intensivo, metade superintensivo, quase tudo azeitona arbequina, sendo o restante das variedades picual, cobrançosa e hojiblanca, de uma coisa estamos certos: ao voltarmos para dentro, para o interior deste imponente e moderno lagar, sabemos que nos espera, no final, um produto que é, na descrição do presidente do Grupo Olivomundo, “praticamente 100% azeite virgem extra, ou seja, verdadeiro sumo de um fruto que é a azeitona”. Por estas e por outras, é que Portugal está (a)provado. Naturalmente, com distinção.
*Cliente do Crédito Agrícola de Beja e Mértola